INTRODUÇÃO - SOB O SIGNO DA DOCE LAVANDA
Agora que as alfazemas invadiram os nossos campos e jardins e as cigarras gritam como loucas sob o sol do meio dia, arranco hoje com um novo projecto: publicar ao longo deste mês de Julho uma receita por dia, receitas que poderiam constar do menu de Verão do meu restaurante de sonho.Com o calor abrasador que se faz sentir, o restaurante vira-se para o interior, desnuda-se de mantas e carpetes, para que a tijoleira fria e as paredes brancas cumpram a sua função de isolamento e refrescamento.
Sabem bem as saladas, os pratos frios e pouco elaborados, nada de forno mas alguns grelhados (e, se possível, a carvão...).
Outra linha mestre deste projecto é que as receitas têm que recorrer aos sabores e aromas da estação e têm que ser económicas - em preço e em tempo. Sempre que possível identificarei o tempo de confecção e a possibilidade de cozinhar mais quantidade que, dois ou três dias depois - ou mais tempo, caso recorra à congelação - se poderá utilizar, com benefício evidente do tempo poupado. Também identificarei os pratos que têm como origem sobras.
Não esquecerei os não iniciados na macrobiótica e as receitas identificarão produtos ou ingredientes que poderão ser facultativos sem que tal afecte o essencial da receita.
Espero que gostem e gostaria de ter os vossos comentários caso venham a experimentar algumas das receitas aqui publicadas. Mas se as experimentarem sem postar também me dou por satisfeita, pois cozinhar faz bem! A este propósito chamo à colação Filipe Nunes Vicente (psi de profissão e benfiquista lúcido como poucos), de cujo blogue Depressão Colectiva me tornei fã:
Ainda melhor: o prazer em cozinhar. Neurotransmissores ( serotonina, oxitocina, dopamina e outros) em alta. Antecipar o que vamos cozinhar. Logo aí a depressão lerpa uma lampana: plano, prazer, esforço. Depois, recuperar técnicas e modos já utilizados. Outra lampana: vais atrás, à tua vida, ela afinal tem coisas boas. Com sorte, recordas mesas e gargalhadas. Nesta altura a depressão parece o Cardozo diante do central. Qualquer central. A crise assusta? Que nada meu irmão. Pão de centeio ( o alentejano de lei é raro) , azeitonas ( até das sapateiras, por Maomé), poejos, oregãos frescos da varanda e azeite. Ferve a água, derrete o pão com o oiro verde, cheira-lhes as ervas. Tens duas moedas no bolso? Vai buscar um queijinho do Cano ( Sousel) e apresenta-lhe um copo de tinto ( pode ser o bag -in-box Pingo Doce da Maria Donzíla Capeto, grande mulher...). Para sobremesa, por que não carapau pequeno? Três grãos de sal por cabeçudo, não os laves e frita-os em azeite.
Ainda melhor: o prazer em cozinhar. Neurotransmissores ( serotonina, oxitocina, dopamina e outros) em alta. Antecipar o que vamos cozinhar. Logo aí a depressão lerpa uma lampana: plano, prazer, esforço. Depois, recuperar técnicas e modos já utilizados. Outra lampana: vais atrás, à tua vida, ela afinal tem coisas boas. Com sorte, recordas mesas e gargalhadas. Nesta altura a depressão parece o Cardozo diante do central. Qualquer central. A crise assusta? Que nada meu irmão. Pão de centeio ( o alentejano de lei é raro) , azeitonas ( até das sapateiras, por Maomé), poejos, oregãos frescos da varanda e azeite. Ferve a água, derrete o pão com o oiro verde, cheira-lhes as ervas. Tens duas moedas no bolso? Vai buscar um queijinho do Cano ( Sousel) e apresenta-lhe um copo de tinto ( pode ser o bag -in-box Pingo Doce da Maria Donzíla Capeto, grande mulher...). Para sobremesa, por que não carapau pequeno? Três grãos de sal por cabeçudo, não os laves e frita-os em azeite.
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